Rio, 8/5/2006 (Agência Brasil - ABr) - Representantes dos funcionários da Varig e da gestora da companhia, a consultora norte-americana Alvarez & Marsal, discutem nesta noite pontos das propostas formuladas pelo governo e pela entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) que possam ser levados em consenso à assembléia de credores da empresa.
A assembléia seria hoje, mas foi remarcada para amanhã (9), pela manhã, no Aeroporto Santos Dumont. O adiamento ocorreu por questão de segurança, pois houve grande afluência de interessados. De acordo com a assessoria de imprensa da Varig, o objetivo é poder "oferecer mais possibilidades no perfil do que vai ser proposto aos credores".
Ricardo Largman, assessor da TGV – que reúne os empregados da Varig e sindicatos do setor aéreo –, explicou que a reunião visa à apresentação de uma proposta única, convergente, entre os projetos apresentados pelos funcionários, de um lado, e pelo governo federal e a Alvarez & Marsal, de outro.
Ele esclareceu, contudo, que os trabalhadores defendem uma proposta de consenso que não contemple a cisão da Varig em duas empresas, como sugere o governo, sendo uma doméstica, para futura venda em leilão, englobando as rotas nacionais, e outra internacional, que incluiria o passivo e permaneceria em recuperação judicial. "Na visão da TGV, isso é um tiro no pé", avaliou Largman.
A proposta da TGV, lembrou o assessor, prevê a separação da empresa em Varig Operacional, que pode gerar caixa e seria levada a leilão, e Varig Comercial, que ficaria com o passivo e continuaria em processo de recuperação judicial.