Raquel Mariano
Da Agência Brasil
Brasília – A Relatoria Nacional para os Direitos Humanos à Alimentação Adequada, Água e Terra Rural (DHESCA) enviou aos governos federal e distrital uma carta que cobra providências pela denúncia feita pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de atos de violência cometidos no acampamento Fazenda Taquaral.
No último domingo (23), cerca de seis pistoleiros armados entraram no acampamento na Cidade Ocidental. As cerca de 250 famílias foram atacadas com coronhadas e tiros e tiveram seus pertences queimados. O ataque durou 30 minutos, uma criança de 6 anos foi baleada, segundo o MST.
Na carta, a DHESCA pede que o caso seja investigado, que os responsáveis sejam punidos e que as autoridades tomem providências para evitar que novos atos de violência ocorram. A entidade também solicita que um estudo seja feito para viabilizar a reforma agrária e que o Estado implemente políticas e ações para que aconteça a reforma agrária.
Para o relator do DHESCA, Flávio Valente, as autoridades públicas não tomam providências. "É obrigação do Estado garantir que as resoluções desse conflito se dêem por mecanismos pacíficos. A violência que está acontecendo agora é um desrespeito com as famílias que estão lá acampadas e deveria haver uma posição do governo de proteger essas famílias".
Apesar de a carta ter sido enviada para várias autoridades, como o Ministério da Justiça, Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o governo estadual do Distrito Federal, a Relatoria ainda não recebeu nenhuma resposta.