Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Rio Convention & Visitors Bureau tem como mantenedores empresas privadas e públicas, como a Embratur, TurisRio, Riotur, Riocentro, empresas aéreas, hotéis, agentes de viagens, organizadoras profissionais de feiras e congressos, transporte terrestre e de carga, equipamento audiovisual, tradutores e intérpretes, joalherias etc.
Estudo realizado pela instituição revela a parceria da Varig na na captação de eventos para o Brasil. Os dados mostram que, nos últimos dez anos, a empresa aérea conseguiu atrair para o país 1,9 mil eventos.
"Sem a Varig fica difícil, porque a empresa tem foco na promoção. Em todos os países onde ela está presente, o único destino que ela promove é o Brasil. É isso que a diferencia das demais companhias aéreas internacionais concorrentes porque, enquanto o Brasil, para todas as outras, é mais um destino em seu mapa mundial, para a Varig é o único destino".
A Varig é responsável pela injeção de US$ 1,5 bilhão anuais na economia brasileira. Esses recursos equivalem ao que a empresa produz na comercialização de passagens e carga. A informação é do diretor do Rio Convention & Visitors Bureau, Paulo Roberto Senise.
"Isso é muito importante para o balanço de pagamentos do Brasil", disse Senise. Ele destacou que países emergentes como Dubai já estão descobrindo o turismo como fonte de renda. No caso de Dubai, em particular, a opção foi feita recentemente em função da constatação de que o seu principal produto, que é o petróleo, é finito, ou seja, um dia vai acabar.
Daí o país entender o turismo como substituto do petróleo na atração de divisas e começar a investir em infra-estrutura e em transporte aéreo, não só construindo modernos hotéis e centros de convenção e de entretenimento, mas também adquirindo uma frota considerável de aviões.
Senise afirmou que a Varig é fundamental para o Rio de Janeiro e para o Brasil, porque tem capilaridade no exterior, "capta e distribui aqui internamente". Ele espera que o mercado dê o equilíbrio necessário à malha aérea "porque hoje a maioria das empresas internacionais está de olho no mercado brasileiro, ou seja, os brasileiros viajando para fora do país. Mas não tem na verdade uma grande estratégia de captação de turista estrangeiro no Brasil. E isso a Varig tem", analisou.