Valéria Amaral
Da Agência Brasil
Brasília – Cerca de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) reocuparam ontem (26) a Fazenda Agril, em Vila do Riacho (ES), da empresa Aracruz Celulose, produtora de eucalipto. A área, que possui 8.900 hectares, foi ocupada pela primeira vez em setembro de 2005.
Segundo o MST, a fazenda foi ocupada dessa vez porque o governo do estado descumpriu acordo de que, em 30 dias, faria um levantamento das terras da propriedade para comprovar se a área é pública e se poderia ser destinada à reforma agrária.
Para Dimas Pereira Melo, da coordenação estadual do MST, essa não é a primeira ação que o movimento faz com o objetivo de pressionar o governo para que terras devolutas sejam usadas na reforma agrária. Segundo Dimas, já passaram seis meses desde que o movimento deixou a fazenda Agril e nada foi feito.
"Boa parte da terra é área devoluta e poderia servir de assentamento para 500 famílias. O acordo não foi comprido pelo governo do estado e nós invadimos a área para forçar uma negociação. Infelizmente no Brasil a terra não é distribuída sem que haja uma pressão aos governantes", ressaltou.