São Paulo, 27/4/2006 (Agência Brasil - ABr) - A indústria de transformação paulista registrou, de janeiro a março deste ano, expansão de 22,6% nas vendas reais sobre os três primeiros meses de 2005. No mesmo período e base de comparação, houve aumento de 9% no salário real médio.

Os dados são de pesquisa realizada pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), que indicou crescimento de 1,1% no Indicador de Nível de Atividade (INA) em março, com ajuste sazonal (descontando-se os efeitos característicos do período) e de 10,8% sem essas considerações.

Para atender a demanda aquecida do mercado, o número de horas trabalhadas também cresceu 8,1% no trimestre e 9,7%, em março sobre igual mês do ano passado. O levantamento, divulgado hoje (27), mostra que a indústria de alimento e bebidas é uma das que mais têm apresentado desempenho favorável, com alta de 15,3% no trimestre sobre janeiro a março de 2005. Só no terceiro mês do ano, houve um salto de 20,5% comparado a março do ano passado.

A partir de novembro do ano passado, a indústria de transformação paulista reverteu o processo de oscilação, ora variando em queda, ora em estabilidade, e passou a apresentar expansão contínua da atividade. Em outubro, o INA foi negativo em 1,1%; em novembro, subiu 2,9%; em dezembro, 2,4%; e em janeiro, 1,8%. Fevereiro repetiu o aumento de 1,8% e março registrou 1,1%.

Segundo o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Paulo Francini, afirmou a previsão é que se mantenha o ritmo de atividade em alta e que o índice de variação tenda a ser, às vezes, ligeiramente menor, apenas por ser calculado com base em um período de expansão.

"Esse crescimento consecutivo por cinco meses, em março, dá certa robutez e mostra que não é efeito meramente episódico e sim sustentado em um processo de recuperação da atividade", afirmou Francini.