Presidente da Empresa de Pesquisa Energética afasta risco de desabastecimento até 2010

21/03/2006 - 16h38

Rio, 21/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - A situação energética brasileira se apresenta confortável até, pelo menos, o ano de 2010. A afirmação foi feita hoje (21) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Ele informou que, nesse período, a margem de risco de desabastecimento é menor que 3%.

Mesmo com um cenário de catástrofe, o risco de déficit aceitável no sistema é reduzido, atingindo 5%, disse o presidente da EPE, empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Segundo Tolmasquim, esse quadro de catástrofe inclui a soma de várias condicionantes, que são o atraso na entrada em operação da Usina Termelétrica a Gás de Araucária, no Paraná, de 2009 para 2011, a perda de 20% no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), e a restrição da importação de gás da Argentina e da geração da Usina Termelétrica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, até 2015.

"Cada um deles dá menos de 5% de risco, e os três somados estão dentro do risco de déficit", disse Tolmasquim. "Toda catástrofe acontece e, mesmo assim, o risco está mantido. É isso que nos dá tranquilidade", acrescentou.

Maurício Tolmasquim mostrou que, de acordo com o Plano Decenal de Energia, divulgado na última semana pela EPE, as projeções englobam usinas que já estão em construção ou motorização, ou que foram leiloadas e já estão contratadas. "É tudo coisa concreta. O que é novo conta a partir de 2011", afirmou.