Bianca Paiva
Da Agência Brasil
Brasília – Servidores públicos federais decidiram retomar a greve, que havia sido suspensa em 13 de julho do ano passado, porque alegam que o governo não cumpriu os acordos feitos com a categoria. A afirmação é do diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, Sérgio Ronaldo da Silva. Segundo ele, foram assinados cerca de 15 acordos que deveriam entrar em vigor a partir de janeiro deste ano.
"O governo não acenou com o cumprimento desses acordos. Então o retorno se dá não só por novas reivindicações, mas para exigir o cumprimento dos acordos que assumiu com a categoria ao longo de 2005, já que no ano passado nenhum servidor teve incremento salarial", afirmou.
A greve foi retomada na última quarta-feira (15) por servidores federais do Ministério da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com o diretor da Condsef, nesta semana aderiram à paralisação funcionários da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério da Educação.
Segundo ele, já estão se mobilizando e realizando assembléias os servidores dos ministérios da Ciência e Tecnologia e Cultura, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Advocacia Geral da União (AGU), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
"Os servidores já perceberam que a tática do governo é tentar ganhar no cansaço e chegar até o limite do dia 30 de junho. Após essa data, não teremos como negociar pela questão da lei eleitoral", falou o diretor da Condsef.
Sérgio Ronaldo da Silva informou que a paralisação atinge 17 estados brasileiros.