Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Fernando Andori Carajé mora na Ilha do Bananal, no estado de Tocantins e pertence à aldeia Macaúba. Ele veio à Brasília para concorrer a 10 vagas na Universidade de Brasília (UnB), disputadas por cerca de 1.180 indígenas.
A prova envolve língua portuguesa, redação e matemática. Eles estão distribuídos em nove pólos da UnB nos estados e se candidatam aos cursos de Biologia, Ciências Farmacêuticas, Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição.
O vice-presidente da Funai, Roberto Lustosa, afirmou, em nota divulgada pela UnB, que a demanda pela área científica decorre do interesse em atender suas próprias comunidades. "É importante que os candidatos usem essa bagagem intelectual no desenvolvimento dos locais de origem", avaliou Lustosa.
Fernando Carajé é um exemplo do que fala Lustosa. Ele disse que pretende fazer medicina para trabalhar em sua comunidade.
É o mesmo caso de Mavira Fogaça Carajá. Nasceu em Brasília, onde mora com seus pais, índios Carajás. Ela já está fazendo o curso de Tecnóloga em Radiologia Médica. Também pretende fazer medicina para trabalhar na aldeia de sua família, na Ilha do Bananal.