Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio – Dezessete empresas públicas já aderiram ao Programa de Pró-Eqüidade de Gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). Uma delas, Furnas Centrais Elétricas, que integra o programa, mas já mantinha um grupo de gênero desde 2004, apresentou hoje (17) à ministra Nilcéa Freire, da SPM, as atividades que vêm sendo desenvolvidas para discutir as situações que envolvem a mulher no ambiente de trabalho.
Segundo o presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, as mulheres tem conquistado um espaço cada vez mais expressivo na empresa e contribuem significativamente no alto nível de desempenho que ela tem alcançado. "A empresa vai publicar o seu terceiro balanço com lucros, e isso se deve também à força das mulheres".
Nos últimos três anos o número de funcionárias aumentou em 30% e dobrou a quantidade de profissionais que ocupam cargos de chefia. Das mil mulheres que trabalham em Furnas, dez delas estão em altos postos de comando. A empresa tem hoje duas mulheres superintendentes – uma na área de Responsabilidade Social e outra na de Engenharia Ambiental.
De acordo com Gleise Peiter, que coordena a área de Responsabilidade Social, os resultados do processo de discussão que se instalou na companhia são evidentes. "As pessoas ficaram mais conscientes das diferenças que existem [entre homens e mulheres] e da necessidade de respeitar essas diferenças". Como exemplo prático das mudanças em Furnas, Gleise citou o fato de que, até o ano passado, as técnicas mulheres não eram autorizadas a dirigir carros da empresa e agora isso foi mudado.
A coordenadora também salientou que a discussão na empresa levou o questionamento também para dentro das casas dos empregados, o que demonstra o alcance e a importância de que programas desse tipo sejam desenvolvidos nos ambientes de trabalho.
O Programa Eqüidade de Gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres foi implantado em setembro de 2005 e visa incentivar empresas a promover a igualdade entre homens e mulheres e a adotar ações de combate à discriminação de gênero.