Cientistas que trabalham na estação brasileira na Antártida ganham acesso à internet

17/03/2006 - 15h55

Rio, 17/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - Os cientistas que desenvolvem pesquisas na Estação Antártica Comandante Ferraz já podem se comunicar de forma imediata com os centros de estudo no Brasil. Desde hoje, eles têm acesso à internet banda larga, serviço de transferência de dados e voz e recepção de TV por satélite. A estação brasileira na Antártida realiza pesquisas sobre fenômenos e mudanças ambientais que trazem impactos globais.

Para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, que participou hoje (17), no Rio, do lançamento dos serviços, a iniciativa, que é viabilizada pela Telemar, representa um avanço para o país. "A participação de uma empresa nacional é fundamental porque toda essa transmissão de dados deve ser sigilosa e ficar em poder do governo", disse.

De acordo com o secretário da Comissão Interministerial de Recursos do Mar, contra-almirante José Eduardo Borges, as pesquisas vão ganhar mais rapidez e os cientistas terão melhores condições de vida e de trabalho. A Comissão Interministerial de Recursos do Mar é coordenada pela Marinha.

"Os pesquisadores que ficam tanto tempo confinados em lugares inóspitos vão poder falar com seus familiares por telefone, com preço de ligação local. Isso melhora suas condições psicológicas", afirmou Borges. Além disso, os cientistas poderão consultar os centros de pesquisa do país, aumentando a integração do conhecimento. "Resultados que demoravam quatro ou cinco meses para serem conhecidos, agora podem ter resposta imediata", disse ele.

A Estação Comandante Ferraz foi inaugurada em 1984 e deu ao Brasil o direito de participar das decisões mundiais sobre o futuro da Antártida.