Representantes da sociedade civil destacam participação nos debates sobre o Programa Amazônia

15/02/2006 - 18h08

Brasília, 16/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - O representante da organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC-Brasil), Ricardo Russo, destacou a ampla participação da sociedade civil nos três dias de debate com representantes do governo federal para a conclusão da primeira etapa do Programa Amazônia.

"Foi um processo de consultas anteriores, houve várias reuniões, embora não tenham sido feitas grandes mudanças no texto inicialmente apresentado. O ponto forte do programa é justamente a base de apoio", disse.

O Programa Amazônia define estratégias locais para a implantação gradual do desenvolvimento sustentável. Segundo Jô Brandão, da Coordenação Nacional de Quilombolas, na discussão várias instâncias nacionais e locais puderam apresentar suas sugestões, a partir da própria experiência.

Presidente do Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA), rede que reúne 602 entidades filiadas, Leide Aquino afirmou que o programa "atendeu as nossos objetivos, foi uma proposta de consenso". E acrescentou: "Estamos avançando num processo que antes parecia impossível".

Já o representante dos doadores Programa Piloto para as Florestas Tropicais Brasileiras (PPG-7), Gregor Wolf, do Banco Mundial, alertou que o Brasil precisa "direcionar energias para o desenvolvimento sustentável e definir melhor as medidas de progresso"

Para Muriel Sagusse, secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente e responsável pelo Programa, "talvez ele não resolva todos os problemas, mas não está sendo construído para isso – a meta é ser uma alavanca".

Cerca de 150 pessoas participaram dos três dias de discussão, na Academia de Tênis, em Brasília. O Programa Amazônia começou a ser elaborado em junho do ano passado, durante o Seminário Nacional do Programa Piloto, realizado em Santarém (PA).