Brasília - O Ministério das Relações Exteriores informa, em nota divulgada hoje (15), que reitera seu propósito de continuar a prestar assistência consular aos cidadãos brasileiros, "sob qualquer circunstância e onde quer que estejam", depois de informado no dia 11 sobre a detenção de Carlos Barcelos e Jamil Craveiros, em Zâmbia. Eles são pastores da Igreja Universal do Reino de Deus e, depois de detidos pela polícia de imigração em Lusaca, foram levados para local desconhecido.
Segundo a nota, "imediatamente a Embaixada do Brasil no Zimbábue, que tem jurisdição sobre a Zâmbia, foi acionada para obter informação sobre o paradeiro dos brasileiros e, eventualmente, prestar assistência consular a suas famílias". No dia seguinte, acrescenta a nota, chegou ao Ministério a notícia de que eles haviam sido deportados para a África do Sul, de onde retornariam ao Brasil. E de que as famílias deles receberam ordem para deixar o país no prazo de uma semana.
A nota informa ainda que "o Ministério das Relações Exteriores lamenta este grave incidente, que afetou um grupo de cidadãos brasileiros que vivia em Lusaca, dedicado a seus afazeres como missionários – trabalho que não interfere com a lei e a ordem pública da Zâmbia, cuja Constituição, em seu artigo 19, garante plenamente a liberdade de culto. Nesse espírito, a Suprema Corte daquele país decidiu, em janeiro último, em processo intentado contra a Igreja Universal do Reino de Deus, que a presença e o trabalho missionário no país daquela denominação religiosa eram perfeitamente legais. A expulsão dos cidadãos brasileiros não se coaduna com tal decisão judicial".
Com informações do Ministério das Relações Exteriores