Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – A greve de 48 horas deflagrada a partir de hoje (15) pelos funcionários do Banco Central em todo o país não deverá ser percebida pelos usuários dos serviços bancários. Segundo informou à Agência Brasil o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Bacen regional Rio de Janeiro(Sinal/RJ), Sérgio Belsito, foi mantido o atendimento das centrais, "para que não haja prejuízos diretos à população".
A greve, segundo Belsito, já paralisou as atividades do Meio Circulante, responsável pela distribuição de dinheiro às instituições financeiras, e das áreas que trabalham com fiscalização. Ele disse que somente a mesa de operações da instituição continua funcionando normalmente, uma vez que "a idéia não era fazer uma greve geral, mas uma greve de advertência". Segundo ele, o movimento, idealizado inicialmente para abranger as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife, já ganhou caráter nacional.
O presidente do Sinal/RJ informou que a greve foi decidida por causa da demora do governo em concretizar o acordo salarial firmado há quatro meses. "Até agora, decorridos quatro meses do acordo salarial, não houve ainda apresentação do projeto-de-lei, que está tramitando com dificuldades entre a Casa Civil e o Ministério do Planejamento". Belsito disse que a categoria está preocupada porque deveria ter recebido um aumento de 6% em janeiro, "e até agora, nada".
Na semana passada, os funcionários do Bacen paralisaram as atividades por 24 horas. No próximo dia 20 expira o prazo para que a casa Civil envie ao Congresso Nacional o projeto-de-lei com a proposta de reajuste salarial.