Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Congresso Nacional trabalhou durante dois meses sob convocação extraordinária, que começou no dia 16 de dezembro e terminou ontem (15). As atividades em plenário começaram no dia 16 de janeiro. Estima-se que tenham sido gastos no período cerca de R$ 95 milhões para pagamento de parlamentares e de funcionários e custeio da Câmara e do Senado.
Segundo o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), nesta casa legislativa, mais da metade da verba foi destinada ao pagamento de funcionários. Na entrevista em que comentou o custo da convocação, o deputado disse que seria melhor para o país se esses recursos tivessem sido economizados. "Quem sabe se economizássemos R$ 95 milhões isso constituísse uma contribuição importante, pelo menos, para parcela do pagamento de um dia dos juros da dívida pública brasileira", questionou.
Aldo ressaltou, entretanto, que os gastos com salários extras durante a convocação vão acabar, uma vez que foi aprovada e promulgada lei que põe fim ao pagamento dos salários extras a parlamentares no período extraordinário.
Ele destacou o esforço dos deputados para votar neste período matérias consideradas prioritárias, como a redução do recesso parlamentar de 90 para 55 dias. "O julgamento que eu faço é de partir daquilo que foi discutido e aprovado. Se o que foi discutido e aprovado é importante para o país, é importante para sociedade, é importante para população, e isso deve ser analisado por quem de direito".
Na Câmara, das 72 matérias constantes da pauta, foram aprovadas 34, sendo 12 medidas provisórias, sete projetos de lei, 12 projetos de decreto legislativo, um projeto de resolução e cinco propostas de emenda à Constituição.