Tecnologia, ferrovias e geração de energia são principais focos do BNDES em 2006

14/02/2006 - 13h04

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – Apoiar os projeto de desenvolvimento em curso no país é o principal objetivo da nova política operacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo o vice-presidente da instituição, Demian Fiocca. A prioridade a esses projetos vai se refletir, segundo ele, em um maior corte das taxas cobradas sobre determinadas áreas. O BNDES anunciou hoje que vai cortar, em média, 30% de seu spread – a taxa de serviço que cobra de cada empréstimo. A taxa irá variar agora de 0,8% a 1,8%, de acordo com a classificação de risco da empresa que tomar o empréstimo.

As grandes prioridades do banco em 2006, segundo Fiocca, serão as áreas de Inovação e Tecnologia e a de Infra-Estrutura. Dentro da última área, que engloba o projetos de Parceria Público-Privada(PPPs), terão destaque os projetos de logística, principalmente as ferrovias. Ainda na área de Infra-Estrutura, Fiocca destaca os projetos para geração de energia.

Além dessas prioridades, o vice-presidente do BNDES afirma que continuarão tendo destaque os projetos que aumentem as exportações brasileiras. O banco pretende também continuar apoiando a internacionalização de empresas do país.

Fiocca esclareceu que a política operacional anterior resultava da construção de pequenas partes por detalhes e não de um exame do geral para o particular. "Ou seja, da prioridade, ramificando depois para o detalhe". Segundo o executivo, isso fez com que o banco fosse perdendo uma consistência do conjunto ao longo do tempo.

Para corrigir essa deficiência, o BNDES promoveu um trabalho de revisão e quase compatibilização das várias regras particulares acumuladas, o que derivou em uma nova política operacional "redonda", que entra em vigor imediatamente.