Patrícia Landim
Da Agência Brasil
Brasília - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) anunciou hoje (14) a liberação, neste mês, de R$ 52 milhões para ações de 21 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, além de conveniados, dentro do plano emergencial para suprir as necessidades em áreas dos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Roraima e Tocantins.
Desse valor, R$ 12 milhões já foram repassados para as organizações não-governamentais (Ongs) que trabalham nas regiões onde existem comunidades indígenas. Já os Distritos receberão, ainda nesta semana, R$ 11 milhões.
De acordo com o presidente da Funasa, Paulo Lustosa, com esses recursos será possível capacitar equipes para fazer um levantamento sobre doenças como a malária, a tuberculose e a dengue; fazer o diagnóstico de anemia entre os índios por meio do inquérito nutricional; comprar medicamentos; intensificar a prevenção do câncer cérvico-uterino, entre outros. O plano emergencial prevê ainda a instalação de 12 laboratórios de controle da malária nas comunidades mais afetadas.
Em relação às reivindicações das lideranças indígenas das etnias Kricati, Timbira, Gavião, Awa-guajá, Guajajara, Kanela e Kaiapó, do Maranhão, por melhor atendimento, Paulo Lustosa disse que "de todas as demandas que a Funasa recebeu, 99% delas já foram atendidas". E que "falta a retirada do coordenador da Funasa do Maranhão, mas já passamos os documentos do substituto para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência)". Segundo ele, os índios pediram recursos adicionais e estão sendo liberados R$ 610 mil.
Ainda de acordo com Lustosa, a expectativa é a de que no Orçamento da União para 2006, quando for aprovado pelo Congresso, os recursos para a saúde indígena sejam 40% superiores aos do ano passado, quando somaram R$ 219 milhões.