Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O conselheiro da Embaixada de Angola, Agostinho Tavares, relata que a luta dos angolanos contra o regime colonial português começou em 1961 e terminou no dia 11 de novembro de 1975, com a independência do país.
Mas os confrontos não terminaram aí. Depois vieram as invasões do Congo, do exército sul-africano na época do regime do Apartheid e a guerra contra a Unita, partido que faz oposição ao atual partido do presidente José Eduardo dos Santos, o MPLA. A paz definitiva só chegou em abril de 2002. "Hoje Angola possui uma Assembléia Nacional, as instituições funcionam normalmente e o governo está criando condições para a realização das próximas eleições no país", conta Agostinho.
Segundo ele, a taxa de crescimento do país em 2004 foi de 11,2% e em 2005 da previsão é de que chegue a 14%. Angola também é o quarto país africano em produção de petróleo. "Estamos em um bom caminho e em plena fase de reconstrução nacional. Os angolanos são otimistas em relação ao seu futuro", avalia o conselheiro.
Após uma guerra que durou cerca de 27 anos, um problema sério ainda persiste em Angola: o país é o que possui a maior quantidade de minas terrestres do mundo. Os artefatos de guerra já mutilaram milhares de pessoas. "É preciso primeiro desminar o país para depois dar o passo seguinte que serão as eleições gerais, para que todo mundo possa livremente exercer o seu direito de voto", afirma Tavares.