Indústria naval fluminense já venceu concorrência para construir quatro petroleiros

10/02/2006 - 14h54

Rio, 10/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - A indústria naval fluminense continua na concorrência para a construção de navios petroleiros encomendados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, dentro do Programa de Modernização e Ampliação da Frota. Dois dos quatro estaleiros do estado foram desclassificados durante o processo de abertura das propostas técnicas e dos 26 navios previstos, 22 ainda não tiveram a licitação concluída.

Os primeiros petroleiros saíram para o estaleiro Mauá Jurong, de Niterói, o mesmo que construiu a parte final da Plataforma P-50. Serão navios de transporte de produtos claros derivados do petróleo, como o diesel e a gasolina. Na disputa, que envolve ainda os estados de Pernambuco e Santa Catarina, estão o consórcio fluminense Rio Naval – formado pelo estaleiro Sermetal e os grupos MPE, Eisa e Hyundai – e o próprio Mauá Jurong.

O estaleiro Itajaí, de Santa Catarina, e o consórcio de Pernambuco formado pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Aker Promar, também estão na concorrência.

O lote 1, o de maior porte, é disputado por esse consórcio para a construção de 10 navios Suezmax (de transporte de óleo cru, ou de produtos, com dimensão máxima que permite a passagem pela canal de Suez) e cinco Aframax (de transporte de óleo cru, ou de produtos, mas com dimensões que permitem a operação usual em portos comerciais).

O mesmo consórcio pretende construir ainda quatro navios do tipo Panamax (com dimensões que permitam a passagem pelo canal do Panamá) e o concorrente direto, o estaleiro Eisa, teve sua proposta técnica desclassificada pela Comissão de Licitação, por não ter apresentado as garantias de viabilidade de investimento.