João Magno diz que foi perigosamente transparente diante de acusações

09/02/2006 - 10h43

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Conselho de Ética começa a decidir hoje o destino político do deputado João Magno (PT-MG). O relator do processo disciplinar contra ele, deputado Jairo Carneiro (PFL-SP), já começou a leitura do parecer, mas ainda não apresentou o voto. Há pouco, a sessão foi suspensa por alguns minutos para que os parlamentares marcassem presença em uma sessão no plenário da Câmara, voltando ao plenário do Conselho em poucos minutos.

Ainda na primeira parte da reunião, João Magno disse que fez um exercício de "inteira e perigosa transparência" quando o nome dele surgiu na lista de beneficiados pelo suposto esquema do mensalão. Magno afirma que falou abertamente sobre as denúncias na defesa entregue ao Conselho de Ética.

O deputado petista reconhece ter recebido recursos do empresário Marcos Valério, mas afirma que o dinheiro (R$ 426 mil) foi usado integralmente para pagamento de despesas das campanhas eleitorais de 2002 e 2004. Magno nega qualquer utilização em proveito pessoal. Segundo ele, a prestação de contas ocorreu fora do tempo determinado pela Justiça Eleitoral por atraso no repasse dos documentos sob responsabilidade do então secretário de Finanças do PT, Delúbio Soares.