Pesquisa de associação empresarial indica expectativa de estabilidade no nível de emprego

26/01/2006 - 16h40

Rio, 26/1/2006 (Agência Brasil - ABr) - O quadro do emprego em vários segmentos econômicos previsto para 2006 pelas empresas filiadas à Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) aponta para uma tendência de estabilidade, de acordo com pesquisa divulgada hoje (26). Do total de companhias consultadas, representativas de 21% das associadas, 56% responderam que o nível de emprego no Brasil se manterá estável este ano, contra 44% que afirmaram que haverá alta. Não houve previsão de queda.

"É um ótimo sinal e creio que mostra um pouco a sensação de que na área política as coisas tendem a se estabilizar", avaliou o presidente da Abrasca, Alfried Plöger.

Ele assegurou que o aumento autorizado pelo governo para o salário mínimo (de R$ 300 para R$ 350) não irá afetar a indústria, porque "com poucas exceções, não existe salário mínimo na indústria". O que existe é piso salarial para as diversas categorias, esclareceu Plöger. E, segundo ele, esses pisos não são influenciados pelo mínimo, e sim em função dos acordos entre patrões e empregados.

Conforme analisou o presidente da Abrasca, a elevação do mínimo afeta muito mais as prefeituras, os serviços públicos e, principalmente, as pequenas empresas, em especial aquelas localizadas nas regiões Norte e Nordeste.

A pesquisa mostra que há otimismo entre as empresas em relação aos cenários macro-econômicos para 2006. Plöger salientou, em especial, a expectativa de preços no setor pelo empresariado, em que não há intenção de alta. "Se ninguém prevê alta no setor, em última análise também não se prevê inflação", disse o executivo.

Em relação aos juros, a pesquisa da Abrasca indica que 67% do empresariado projetam queda para o ano de 2006.