Para Wagner, prolongamento das comissões de inquérito é ''excessivo e desnecessário''

26/01/2006 - 16h24

Nelson Motta
Reporter da Agencia Brasil

Brasilia - O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, acredita que há uma tentativa de prolongamento "excessivo e desnecessário" das comissões de inquérito no Congresso Nacional. Atualmente, ainda estão em andamento duas das três comissões criadas para investigar irregularidades ocorridas no governo Lula.

O prazo final para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios (CPMI dos Correios), que conta com a participação de deputados e senadores, apresentar seus resultados é 21 de fevereiro. A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos (CPI dos Bingos), exclusiva do Senado, vai mais longe. Seu prazo final é 25 de abril. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Compra de Votos não foi prorrogada. Por isso, encerrou os trabalhos em dezembro.

"Há muito tempo que eu já disse que isso pode ter um efeito bumerangue, porque acaba ficando transparente para a opinião pública que o interresse maior nâo é investigar e concluir as apurações, mas sim prolongar e desgastar", disse.

De acordo com o ministro, responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso Nacional, Palocci agiu certo ao antecipar sua ida à CPI.

"Os indicadores de mercado não sofreram absolutamente nada. Acho que a democracia e a economia brasileira atingiram um patamar, que os de dentro e os de fora sabem, que não é a ida do ministro da Fazenda a uma CPI que vai abalar o governo e nem a nossa economia", afirmou.