Ministério da Saúde assessora três estados no combate à dengue

26/01/2006 - 14h14

Rio, 26/1/2006 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Saúde está assessorando as prefeituras e os governos dos estados do Amapá, Goiás e Rondônia, onde se verificou, no início deste ano, aumento no número de casos de dengue. A informação foi dada pelo coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.

Coelho disse que a estimativa do ministério é fechar o mês de janeiro com o registro de metade dos casos notificados em 2005. Segundo ele, a primeira quinzena registrou 2.995 casos em todo o país. Em comparação com o mesmo período do ano passado, os números representam redução de cerca de 50%. "São dados preliminares que estamos acompanhando", afirmou Giovanini, que espera a consolidação da tendência de diminuição no restante do mês de janeiro e no verão como fruto do trabalho feito no ano passado.

Ele ressaltou que, apesar da assessoria dada pelo ministério a três estados, no restante do país, o Programa Nacional de Controle da Dengue continua promovendo as ações de combate à doença, que costumam ser feitas de janeiro a abril, período em que costuma aumentar a infestação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. "É de fundamental importância que não se baixe a guarda na intensificação das ações", afirmou.

Além disso, acrescentou Giovanini Coelho, o Ministério da Saúde repassa recursos aos estados e municípios, mensalmente, para o desenvolvimento de atividades de prevenção e controle. Os recursos chegam a R$ 700 milhões e são empregados na execução de atividades como visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, ações de comunicação e de educação e ações de mobilização, informou.

"Existe um programa estruturado para funcionar durante todo o ano. De outubro a novembro, antecedendo o período mais crítico, que segue de janeiro até abril, intensificamos as ações por intermédio de campanhas publicitárias patrocinadas pelo ministério em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, com a realização de reuniões de avaliação e mobilização. Esses resultados foram divulgados com bastante antecedência, exatamente para que o município e o estado pudessem tomar medidas de prevenção", completou.