Investimentos por empresas no país não serão altos, avalia presidente da Abrasca

26/01/2006 - 18h31

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – Uma pesquisa divulgada hoje (26) pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) aponta que, dentre as 36 empresas consultadas pelo estudo, 33% acreditam que os investimentos empresariais em 2006 devem registrar alta, frente a 56% que estimam a estabilidade e 11% que apostam na queda dos investimentos. As 36 empresas representam 21% do total de associadas à entidade.

O presidente da Abrasca, Alfried Plöger, que também é diretor de Economia da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), disse não acreditar em "grandes investimentos" durante o ano e avaliou que o mesmo movimento de cautela por parte dos empresário brasileiros deve nortear também os investimentos estrangeiros no Brasil. "Em geral, as entradas de recursos são para aplicações em renda fixa ou ações, a minoria é para ficar [no país]".

O executivo avalia que o ano eleitoral deve beneficiar mais do que atrapalhar a decisão de investimentos das empresas, uma vez que entrará mais dinheiro, inclusive público, na economia. A Copa do Mundo, acrescenta Plöger, é outro fator que deve gerar impacto positivo sobre a atividade econômica, com reflexos positivos sobre os setores gráfico e de turismo, em especial.

A pesquisa da Abrasca identificou também o otimismo do empresariado com relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006: 78% dos entrevistados apostam que haverá alta frente a 11% que prevêem estabilidade ou queda. A sondagem não identificou o percentual de crescimento do PIB que poderá ser atingido.