Integração da América do Sul está ligada aos políticos progressistas, avalia Dulci

26/01/2006 - 6h36

Spensy Pimentel
Enviado especial

Caracas (Venezuela) - O avanço do processo de integração na América do Sul nos últimos anos está ligado aos projetos políticos progressistas, em especial ao brasileiro, avalia o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, que participa esta semana da etapa americana do 6º Fórum Social Mundial, em Caracas, na Venezuela.

Para o ministro, apesar de não ter tido influência direta na eleição do grande número de presidentes de esquerda que atualmente estão no poder na América do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalhou por 25 anos na integração política do continente e pode ter servido como "inspiração" para outros políticos.

Dulci diz que, pessoalmente, comemora o atual quadro político do continente. "Para nós é motivo de muita alegria que a esquerda esteja avançando na América do Sul e na América Latina. É um sinal de que essas sociedades têm um nível de consciência política cada vez maior, tem uma consciência de seus problemas e de seus desafios cada vez maior. Isso abre horizontes novos para o nosso continente".

De acordo com o ministro, a presença desse quadro está diretamente ligada ao avanço do processo de integração no continente. "É claro que, quanto mais chefes de Estado de esquerda a América Latina tiver, melhores são as perspectivas de integração, melhores são as perspectivas para que haja progresso econômico, progresso social. Isso é inegável", afirmou.

Segundo ele, a esquerda é, por definição, internacionalista, enquanto a direita "não consegue enxergar a não ser a si mesma". "As causas do progresso social e da justiça no mundo são lideradas pela esquerda."