Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou por oito votos a sete o parecer que pede a cassação do deputado Roberto Brant (PFL-MG), por quebra de decoro parlamentar. A votação foi desempatada pelo presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB –SP), que votou a favor do parecer do relator. "É o momento mais difícil, mais penoso da minha vida pública", disse Izar antes de dar seu voto.
Brant disse que ficou satisfeito com o resultado e que acredita na absolvição no plenário da Casa. "Nem o Conselho, com toda essa disposição de condenar todo mundo, conseguiu me condenar. Precisou do voto regimental". O voto regimental, ou voto de Minerva, é previsto no Regimento Interno da Câmara nos casos de empate nas votações. No Conselho de Ética, o voto de Minerva é do presidente.
Brant é acusado de ter recebido R$ 102,8 mil da agência SMP&B, de Marcos Valério de Souza, um dos supostos operadores do mensalão. Os recursos teriam sido usados para pagar despesas de campanha.
A sessão foi interrompida e deve ser retomada às 14 horas, para a vatação do relatório do processo contra o deputado Professor Luizinho (PT-SP).