Comércio varejista deve fechar o ano com alta de 2% em São Paulo, prevê Federação

17/12/2005 - 7h53

São Paulo, 17/12/2005 (Agência Brasil - ABr) - O comércio varejista da Região Metropolitana de São Paulo fechará o ano com crescimento de 2%, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio). De janeiro a outubro o crescimento foi de 2,7%, em comparação com igual período do ano passado. O índice anual deve ser menor devido a uma retração que pode ocorrer até o final do ano, segundo explicou a Fecomércio.

De acordo com a pesquisa, os setores que apresentarão crescimento neste ano serão vestuário, tecidos e calçados (16%), autopeças e acessórios (9%), concessionárias de veículos (7%), farmácias e perfumarias (7%), lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (entre 3% e 5%). Devem registrar queda os supermercados (1%), lojas de móveis e decoração (2%), materiais de construção (6%), lojas de departamento (13%).

O presidente da Fecomercio, Abram Szajman, afirma que o baixo crescimento do setor se deve à forma como o governo conduziu a política econômica e às taxas de juros mantidas pelo Banco Central. Para ele, o processo de redução das taxas de juros foi iniciado tardiamente e não terá influência nas vendas deste final de ano.

Szajman disse acreditar que a queda na confiança e a ameaça de inadimplência do consumidor inibiram o desempenho do comércio. "Essa ameaça do aumento de inadimplência é resultado da ampliação da oferta de crédito destinada à pessoa física, que cresceu 38% em 12 meses", disse.