Para Izar, absolvição de Queiroz abre precedente para outros deputados processados

15/12/2005 - 10h18

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse hoje (15) que a decisão do plenário da Casa de não cassar o mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) pode abrir precedentes para os processos que envolvem os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP).

"Cada processo é um processo, mas realmente abre uma porta para os semelhantes aos do Romeu Queiroz", afirmou Izar. Ele disse que alguns integrantes do Conselho estão hoje "desanimados", já que haviam recomendado a cassação do deputado absolvido. "Existia uma tradição de que o plenário votava sempre a resolução do Conselho de Ética. Isso foi quebrado", afirmou. Izar destacou, no entanto, que o conselho "continuará fazendo um trabalho independente".

Em votação secreta, a cassação de Romeu Queiroz foi negada por 250 votos dos 443 deputados presentes. Houve 162 votos favoráveis, 22 abstenções, oito votos em branco e um nulo. Seriam necessários 257 votos a favor do parecer para que o deputado petebista perdesse o mandado.