Luciana Vasconcelos e Marcela Rebelo
Repórteres da Agência Brasil
Braslía - O líder do PSDB, Alberto Goldman, criticou a votação pelo arquivamento do processo de cassação contra o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) na noite de ontem (14). Para o líder, houve um acordo entre os parlamentares para não cassar o mandato do petebista mineiro.
"O resultado mostra que houve uma convicção política. Deixou de ser uma votação pela consciência de cada parlamentar", acusou. Para ele, houve uma articulação do PT para salvar o mandato de Queiroz. "Eu, como líder, não oriento os deputados de meu partido, porque para mim isso não é uma matéria partidária", ressaltou.
O líder do PT, Henrique Fontana (RS), negou a existência de "acordão" e disse que o partido não fechou uma posição de bancada quanto a votação do processo contra Queiroz. "Da minha parte não tem acórdão e nem nunca terá", disse.
O nome de Queiroz estava no relatório conjunto apresentado pelas CPIs dos Correios e da Compra de Votos. O documento citava indícios contra 18 deputados federais e o ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que respeita a decisão do plenário da Câmara e acredita que os deputados pensaram no histórico de Queiroz. "Votaram pensando no cidadão, em seu histórico e biografia", disse.