Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – A Justiça afastou hoje (15) a Fundação Ruben Berta (FRB) do controle da empresa de aviação Varig. A juíza Márcia Cunha, da 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, tomou a decisão depois que a FRB pediu que a Varig fosse retirada do processo de recuperação judicial. A juíza não só negou o pedido, como determinou que a FRB seja afastada do comando. FRB assinou acordo em que transfere o comando da Varig para a Docas, do empresário Nelson Tanure.
A Justiça já havia determinado ontem (14) que o acordo só seja colocado em prática depois de sua aprovação na assembléia de credores da Varig, marcada para o próximo dia 19.
Segundo a juíza, a decisão visa "não permitir a desistência do processo de recuperação judicial da Varig e afastar os controladores do poder político e administrativo das companhias" do grupo Varig.
Márcia Cunha esclareceu que o pedido de desistência não pode ser unilateral. "Tem que haver a concordância dos credores em assembléia", frisou. A juíza esclareceu que mesmo antes disso, a Justiça entendeu que a petição não estava feita por pessoa com legitimidade: "ela foi feita em nome da Varig e das outras companhias em recuperação judicial, só que não veio assinada por um advogado que tivesse procuração nos autos para representar a companhia".
O controle do grupo Varig passa ao Conselho de Administração, presidido por Humberto Rodrigues Filho, mantendo-se Marcelo Bottini na presidência da empresa.