Associação que moveu ação contra leilão de energia alega que os custos são muito altos

15/12/2005 - 18h24

Patrícia Landim
Da Agência Brasil

Brasília – A Associação Brasileira de Geração Flexível (Abragef) foi autora da ação que suspendeu, hoje (15), o leilão para escolher as empresas que irão construir usinas hidrelétricas. A associação alega que os custos previstos pelo governo para construção da usina eram muito baixos. O diretor executivo da Abragef, Marco Antônio Veloso, afirma que os cálculos da organização apontam para um custo de R$ 110 a R$ 120 por megawatts (MWh).

A Empresa de Planejamento em Energia (EPE), responsável pelo leilão, estipulou o custo em R$ 200 a R$ 220 por MWh. A Abragef, por meio de sua assessoria, também informou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode recorrer para derrubar a liminar. Se o governo conseguir que o leilão seja realizado amanhã (16), o mérito da ação vai continuar a ser analisado, porque no processo, a Abragef pede que os cálculos sejam auditados.

A suspensão foi decidida hoje (15), em liminar concedida pelo juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, contra a realização do leilão de energia nova.