Política não provoca queda do PIB, mas reduz expectativa de empresário, avalia Palocci

01/12/2005 - 18h48

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – A crise política não influenciou na queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano, segundo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Mas ele considera que a crise teve um papel negativo sobre as expectativas de empresários e consumidores. "Ela foi fortemente abalada e fez um vale profundo depois do início da crise política", disse Palocci, ao participar hoje (1º) de palestra na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O ministro indicou que uma análise mais cuidadosa verifica que " após os primeiros meses da crise política, os elementos expectacionais, que são fundamentais na economia moderna, foram fortemente atingidos". Todas as pesquisas referentes às expectativas do empresário e do consumidor mostraram uma degradação importante, afirmou Palocci.

O ministro acredita, no entanto, que esse quadro vem melhorando recentemente. Segundo Palocci, os investidores e consumidores observaram que a crise política não foi suficiente para desestruturar o equilíbrio da economia. "A força da economia é maior do que a crise política", disse o ministro. Ressaltou , entretanto, que isso não significa que a economia brasileira possa conviver com uma crise política permanente.