Rio, 1/12/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje (1°) que "a tendência clara é de continuar um longo ciclo de crescimento no Brasil, com estabilidade". Ele disse estar baseado em dados que indicam crescimento da renda real e das vendas no varejo e manutenção da estabilidade, com flexibilização da política monetária já iniciada pelo Banco Central.
Em entrevista na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), onde foi homenageado por lideranças empresariais e autoridades governamentais, Palocci destacou que os brasileiros têm que cuidar para que o Congresso possa dar continuidade às reformas em andamento e "nós possamos olhar com cuidado a adequação das nossas políticas, garantindo que o Brasil possa continuar gerando emprego, aumento de renda e resultados sociais, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad-2004) demonstrou".
Segundo o ministro, há mais de 20 anos o quadro de desigualdades no Brasil estava paralisado. "O que nós observamos nos últimos anos, não apenas no nosso governo, mas no esforço que vem dos últimos anos, já se refletindo fortemente em 2004, é que a diferença de renda dos mais pobres para os mais ricos diminuiu, o índice de pobreza diminuiu, e a chamada curva de Gini, que mede as condições sociais no Brasil, também melhorou".
O ministro lembrou que "mais de 2,5 milhões de pessoas superaram os limites da pobreza", o que atribuiu a uma conquista importante da sociedade e ao "resultado do trabalho, desse esforço que o Brasil vem realizando". Reconheceu ainda que o combate à inflação tem custos e citou que em 2003 "foi feito um esforço mais amplo, porque existia uma crise econômica e houve dificuldade de realizar projetos, a taxa de juros atingiu patamar superior a 25%".
E apontou que na sociedade brasileira existe "um debate legítimo que vai permitir que, no futuro, observando a evolução dos dados, as políticas possam responder a eles".