Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério do Meio Ambiente anunciou os vencedores do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente. A quarta edição escolheu como vencedora da categoria liderança individual a representante do Movimento das Mulheres Trabalhadores, Adenilza Mesquita Vieira, por sua luta pela cidadania e por melhores condições de vida. Na categoria associações comunitárias, a vencedora foi a Associação do Riozinho do Anfrísio, que faz uma defesa histórica da Amazônia numa das regiões de maiores conflitos agrários e ambientais, o município de Altamira, no Pará.
O prêmio tem seis categorias: liderança individual, associação comunitária, organização não-governamental, negócios sustentáveis, ciência e tecnologia e arte e cultura. O vencedor de cada categoria receberá R$ 20 mil. Criado em 2002 pela Secretaria de Coordenação da Amazônia, o prêmio reconhece e estimula iniciativas que contribuem para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Os vencedores foram anunciados pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Segundo a ministra, boa parte das experiências de instituições de pesquisas, comunidades da Amazônia e empresas que têm a compreensão de que se deve praticar um desenvolvimento em bases sustentáveis estão se transformando em políticas públicas quer nas ações de desenvolvimento quer nas ações de organização de gestão e processos decisórios em relação à essas políticas públicas.
“A luta em defesa dos povos da floresta tem uma história de mais de 20 anos. Essa é uma luta que se iniciou com os povos da floresta entre seringueiros e índios, tendo o Chico Mendes como pioneiro, mas que tinha uma grande capilaridade em vários estados da Amazônia e em várias partes do país como apoiadores desse processo”, disse.
Na categoria organização não-governamental, o primeiro lugar ficou com a Fundação Vitória Amazônica, de Manaus, pelo seu trabalho na conservação ambiental aliada à melhoria da qualidade de vida dos habitantes da região amazônica, mediante a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e o respeito às culturas e a diversidade étnica regional.
Na categoria negócios sustentáveis, o prêmio ficou com a Cooperativa de Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia, formada por agricultores familiares e agroextrativistas. Em ciência e tecnologia, a premiação foi para Luciano Carlos Tavares Marques, do Pará, por seu trabalho de gestão participativa de recursos naturais. Já em arte e cultura, a escolhida foi a professora de música paulista Marlui Nóbrega Miranda.