"Há uma teimosia tremenda em não se ajustar a política econômica", diz presidente da Fiesp

01/12/2005 - 17h01

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, considerou "lamentável" a queda no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano, como revelou dado divulgado ontem (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ele, são necessárias mudanças urgentes nos rumos da política econômica. "Há uma teimosia tremenda em não se ajustar a política econômica", afirmou.

A crítica de Skaf foi feita durante a última reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento econômico e Social, hoje, no Palácio do Planalto. Skaf defendeu a ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN) como forma de aumentar as discussões sobre política econômica. Atualmente, o CMN é formado pelos ministros da Fazenda e Planejamento e pelo presidente do Banco Central. Um documento elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento pede a ampliação do CMN, integrando representantes da sociedade civil.

"Não podemos mais permitir que um grupo comande o país e que não esteja dentro do interesse da sociedade, do povo brasileiro e dos interesses maiores do país. Entendo que este é um tema para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social", afirmou. O CMN é resposável pela definição das metas gerais da economia brasileira.