Brasília - O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Antonio Guterres, começa hoje (7) visita oficial de dois dias ao Brasil. Esta é a primeira visita à América Latina desde que Guterres assumiu o cargo em junho último. Junto ao governo brasileiro, o comissário busca apoio para o Plano de Ação do México que em 2004 foi acordado por 18 estados latino-americanos, incluindo o Brasil.
O plano prevê a necessidade de buscar novas respostas para a situação das pessoas deslocadas e refugiadas devido ao conflito armado interno na Colômbia. O Brasil foi um dos primeiros países latino-americanos a ratificar a Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados e, em 1997, passou a ser o primeiro país dessa região a sancionar uma lei nacional de refúgio.
Nos últimos quatro anos, o país também se destacou por ser pioneiro no estabelecimento de programa de reassentamento que apóia refugiados com problemas de segurança ou
impedimentos para a integração no primeiro país de asilo. Como parte desse programa já chegaram ao Brasil 179 refugiados.
A maioria dos refugiados reassentados é de colombianos, sendo um quarto das famílias chefiadas por mulheres. No total, o Brasil abriga mais de 3 mil pessoas refugiadas, provenientes de 55 países, sendo que 83% dessas pessoas vieram do continente africano.
Durante sua visita, Guterres deverá se reunir com o presidente Lula e com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.