Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio – Está em fase final de construção, segundo a Petrobras, a nova plataforma da empresa, a P-50. Ela teve sua construção iniciada antes da política da empresa de exigir uma cota de produção no país. Mesmo assim, a P-50 tem 35% de conteúdo nacional, segundo o secretário executivo de produção Sul-Sudeste da Petrobras, Antônio Figueiredo.
Segundo a empresa, com essa participação, a P-50 gerou 4 mil empregos diretos e outros 12 mil indiretos no país. A plataforma está em fase de finalização no estaleiro Mauá-Jurong, em Niterói, no norte fluminense. Atualmente, a Petrobras está trabalhando nas obras de integração e instalação dos módulos ao casco da plataforma, uma unidade submersível adaptada do navio Felipe Camarão pela empresa Jurong Shipyard, de Cingapura.
A plataforma também também partes de seus contratos implementados e concluídos na Itália e nos Estados Unidos. Um dos 36 projetos responsáveis pela conquista da auto-suficiência em petróleo em 2006, a P-50, com sua produção diária de 180 mil barris, contribuirá com o incremento de 12,4% da produção anual nacional – com seus 30 poços, 16 produtores e 14 injetores de água.
A plataforma P-50, maior unidade a operar no país em volume de produção, deverá deixar este ano a Baía de Guanabara onde estão sendo montados os módulos da unidade com destino ao campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, no Norte Fluminense.
Unidade de produção, armazenamento e estocagem de petróleo e gás natural (FPSO), a P-50 também terá capacidade de comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás natural e de estocar 1,6 milhão de barris de óleo.
Vital para que o país consiga a auto-suficiência na produção de petróleo, assim como a própria P-50, o campo de Albacora Leste, onde a unidade será instalada, está localizado a, aproximadamente, 120 quilômetros da costa de Cabo de São Tomé (RJ), ocupando uma área de 141 quilômetros, com profundidade de 800 a 2.000 metros.