Brasília - Representantes dos governos brasileiro e argentino se encontram hoje (7) em Buenos Aires para tratar de novos encaminhamentos do comércio de veículos entre os dois países.
O Grupo de Trabalho Automotivo Brasil-Argentina é coordenado, no lado brasileiro, pelo secretário do Desenvolvimento da Produção do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Antonio Sérgio Martins Mello.
A Argentina quer discutir o Acordo Automotivo em vigor. Com as atuais regras, quase 63% dos automóveis vendidos naquele país são de fabricação brasileira. A tendência da Argentina é de não aceitar o mercado livre a partir de 1º de janeiro de 2006 e não querer estabelecer novo prazo para a implementação do mercado livre.
Para os argentinos, o desequilíbrio é reflexo do impacto dos incentivos fiscais concedidos pelo Brasil para a instalação de fábricas, associado ao efeito da redução de 40% do Imposto de Importação de autopeças.
O governo brasileiro explica o desequilíbrio pela diminuição do poder aquisitivo da população daquele país que, não podendo mais comprar os veículos de maior valor produzidos na Argentina, passaram a comprar os carros compactos fabricados no Brasil, de menor valor.