Relação do Brasil com Estados Unidos vive um dos melhores momentos, diz Lula

06/11/2005 - 17h15

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As relações entre Brasil e Estados Unidos atravessam uma das melhores fases, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração à imprensa durante seu encontro com o presidente norte-americano George W. Bush. Segundo Lula, quando foi eleito, muitos previam que as relações entre Brasil e Estados fossem deteriorar.

"Equivocaram-se redondamente. Ao contrário, nossas relações atravessam hoje um de seus melhores momentos", afirmou. Segundo ele, as relações econômicas e comerciais ampliaram e o diálogo político ganhou maior qualidade e que os grupos de trabalho criados, sobre crescimento, agricultura e energia, trouxeram resultados significativos.

Agora, os países decidiram avançar em outros campos. "Vamos iniciar uma cooperação de alto nível em ciência e tecnologia e aprofundar nossas parcerias educacionais e em áreas como biodiversidade e agricultura. No campo da saúde, vamos abrir novas frentes de cooperação, no combate a moléstias como malária, tuberculose, aids e ameaças como a pandemia da gripe aviária", informou o presidente.

Lula disse que mesmo a aproximação dos países sul-americanos, China, a Índia, a Rússia, a Coréia e a África do Sul, Caribe e países árabes não comprometeu a relação com países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão e os da União Européia. De acordo com Lula, a parceria com os norte-americanos está fundada em bases econômicas muito sólidas. "Os Estados Unidos são o primeiro parceiro individual do Brasil, o maior mercado para nossas exportações e a nossa principal fonte de investimentos diretos. Nosso intercâmbio tem crescido a taxa de 7% ao ano. Somente em 2004, recebemos US$ 4 bilhõe de investimentos norte-americanos".

Lula disse ainda que a política externa brasileira não é apenas um meio de projeção do Brasil no mundo, mas também um elemento fundamental do projeto nacional de desenvolvimento. Para o presidente, o que fica para a história não são apenas as decisões de alcance imediato, mas as iniciativas que levam em conta as futuras gerações e a necessidade de enfrentar e resolver "os grandes desafios".

"A política externa brasileira transcende governos", declarou. "Ao mesmo tempo em que defende o interesse nacional persegue grandes valores democráticos na esfera internacional. Nesse marco, insisto, as relações Estados Unidos – Brasil são fundamentais e seu aperfeiçoamento é um legado que devemos deixar aos que virão depois".