São Paulo, 31/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - "O Brasil ainda possui um baixo índice de aproveitamento de capitais financeiros para a concessão de crédito, da ordem de 24% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o Chile já atingiu 54% e há países desenvolvidos nos quais o crédito chega a alcançar 60% da riqueza gerada pela economia". A informação é do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, dada na palestra de abertura do Fórum Nacional - Sistemas de Garantias de Crédito.
O encontro se realiza até amanhã (1º/11) e pretende discutir formas jurídicas e estruturais que permitam reduzir o risco dos financiamentos e do eventual resgate para ampliar a concessão e o uso de crédito no Brasil – particularmente por microempresas e pequenos negócios.
Palocci destacou que o quadro macroeconômico tem se apresentado estável e que é hora de buscar desenvolver a economia por meio de medidas microeconômicas. Nesse sentido, destacou a importância do mecanismo de crédito consignado ao desconto na folha de pagamento e os diferentes aspectos positivos de redução de tributação previstos na Medida Provisória 255, aprovada na semana passada pelo Congresso e que será encaminhada para sanção da Presidência da República, entre outras medidas adotadas pelo governo.
O ministro citou como exemplo a Associação de Garantia de Crédito da Serra Gaúcha (AGC), projeto-piloto no continente que teve início em abril passado, no Rio Grande do Sul, com apoio do Sebrae.
Também participaram do jantar de abertura do Fórum o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Márcio Arthur Aurélio Cypriano; o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamoto, além de José Graziano, assessor da Presidência da República.
O fórum é promovido pelo Banco Central, Febraban e Sebrae, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco do Brasil.