Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Educação (MEC) só retomará as negociações sobre reajustes salariais dos servidores das universidades públicas quando a categoria voltar ao trabalho. O anúncio foi feito depois de reunião, na noite de hoje (31), entre representantes do MEC e dos grevistas.
De acordo com o diretor da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Agnaldo Fernandes, o governo não cedeu às pressões dos grevistas e manteve a proposta feita no início do movimento, dia 17 de agosto: o ministério sustenta o repasse de R$ 250 milhões para implantação do plano de carreira dos trabalhadores a partir de abril ou maio do próximo ano.
"Nós queremos R$ 320 milhões para o nosso plano de carreira até janeiro e outros R$ 100 milhões para incorporação de vencimentos básicos complementares (VBC), pagos a servidores com nível superior. Mas o governo só reabrirá as negociações quando voltarmos ao trabalho", disse Fernandes.
Ele informou que, amanhã (1º), o comando de greve encaminhará a proposta aos sindicatos estaduais, que irão deliberar sobre a proposta. "As assembléias têm até sexta-feira (4) para votar. Então, pode ser que a paralisação termine", explicou.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, os servidores já haviam negociado, em 2004, o repasse de R$ 320 milhões para implantação do plano de carreira a partir deste ano. No entanto, com o início da greve, o MEC resolveu voltar atrás na decisão.