Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre – Após decisão da Justiça, os policiais militares indiciados pela morte do sindicalista Jair Antonio da Costa voltaram para a prisão. Cinco dos seis envolvidos haviam sido libertados no dia 23 - dia do referendo sobre o comércio de armas no país - por determinação do desembargador de plantão, Newton Brasil de Leão. O magistrado considerou que, de acordo com a Lei Eleitoral, os acusados poderiam ter sido presos apenas em flagrante delito.
O sindicalista foi morto no dia 30 de setembro durante manifestação de sapateiros contra o desemprego em Sapiranga, a 60 quilômetros de Porto Alegre. Os policiais foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo fútil, asfixia e tortura.
Passado o período previsto na Lei Eleitoral, entretanto, a juíza Cristina Tagliani determinou na última sexta-feira que os policiais fossem detidos novamente. Apenas um dos sargentos envolvidos no incidente, Alexandre Aguillar Torres, permaneceu preso no Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, em Porto Alegre, porque não possui advogado.