Criação da Universidade Federal do ABC marca retomada de investimentos em educação, diz ministro

31/10/2005 - 18h22

Brasília, 31/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - A criação da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em Santo André (SP), representa um marco na retomada dos investimentos em educação superior, estagnados há 20 anos. A afirmação foi feita hoje (31) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao dar posse ao reitor pro tempore da instituição, Hermano Medeiros Tavares, e ao vice-reitor, Luiz Bevilacqua. A designação pro tempore indica que o reitor e o vice permanecerão no cargo somente até o funcionamento efetivo da universidade.

Haddad ressaltou que a expansão do ensino superior é uma das metas do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva. "A expansão da educação superior e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) são nossas prioridades", disse o ministro.

Hermano Tavares ressaltou que a afirmação de Haddad o deixou confiante de que "não faltará apoio para o projeto e que, por isso, o sucesso será rápido". O reitor informou que o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) vai colaborar com a implantação da Universidade do ABC.

O secretário nacional de Educação Superior do Ministério da Educação, Nelson Maculan Filho, calcula um custo de R$ 200 milhões nos primeiros quatro anos da universidade. "São cerca de 600 professores, 400 técnicos, 20 mil alunos", estimou. De acordo com ele, a Universidade do ABC começará a funcionar no segundo semestre do ano que vem.

O projeto que autoriza a criação da universidade foi sancionado pelo presidente Lula no dia 26 de julho deste ano. A escolha do local tenta suprir a demanda por vagas em educação de terceiro grau.

A região do ABC paulista (constituída pelos municípios de Santo André, São Bernardo e São Caetano) tem mais de 2,5 milhões de habitantes e 30 instituições de ensino superior. Segundo informações do Ministério da Educação, 65% dos estudantes desta faixa educacional estão em instituições privadas, 20% em instituições municipais e 15% na rede comunitária filantrópica.