Norma Nery
Repórter da Agência Brasil
Rio - A morte de Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-te-Vi, acusado de comandar o comércio das drogas na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, pode ter desencadeado uma guerra pelo domínio do tráfico na região. Segundo a inspetora-chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Marina Maggessi, seis traficantes foram mortos na madrugada de hoje (31) na Rocinha, entre eles Orlando José Rodrigues, o Soul, apontado pela polícia como o sucessor de Bem-te-Vi.
A inspetora afirma que Soul e alguns dos seus homens foram mortos a mando de um homem conhecido apenas como "Nem", que seria o segundo na linha sucessória. "Só durante a semana, talvez na semana que vem, depois das investigações, é que a gente vai ter certeza de quem vai assumir a liderança na Rocinha", diz.
Os corpos de Orlando José Rodrigues e de outros cinco homens permanecem no interior da favela, e a Polícia Militar planeja resgatá-los.
O clima na entrada da Favela da Rocinha é de aparente tranqüilidade, o comércio local está aberto, mas a segurança está reforçada com a presença de vários carros da Polícia Militar.
O tráfico de drogas na Rocinha é considerado pela polícia como o mais rentável da cidade por causa da localização da favela, em área próxima aos bairros de São Conrado e Gávea, áreas residenciais de classe média alta na zona Sul da cidade.