Confederação da Agricultura aponta crescimento menor de empregos no campo

16/09/2005 - 17h15

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) chamou atenção hoje (16) para a queda da oferta de emprego no campo. Segundo a organização, os números seriam resultados da queda de renda na agricultura, em função das fortes estiagens provocaram o maior impacto negativo dos últimos quatro anos na atividade agropecuária. Considerando-se apenas os empregos formais anotados pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a atividade agropecuária ofereceu, de janeiro a julho deste ano, 219,94 mil empregos formais. O número é 19% menor que o de igual período do ano passado.

É o nível mais baixo de mão-de-obra rural com registro em carteira desde 2002, quando o Caged registrou criação de 231,6 mil empregos nos sete primeiros meses do ano. Número que se manteve quase estável em 2003, com 232,5 mil empregos, e que aumentou consideravelmente no ano passado, com oferta de 271,58 mil empregos formais no campo.

Os números fazem parte de uma advertência pública da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre a crise que ameaça reduzir a safra agrícola do país, em função da descapitalização dos produtores rurais, como assegura o chefe do Departamento Econômico da CNA, Getúlio Pernambuco. E isso "vai afetar, certamente, o agronegócio como um todo", diz ele.