Rio, 6/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - A elevação dos investimentos, a recuperação da massa salarial do trabalhador e a queda das taxas de inflação farão com que o Natal ocorra em clima de forte demanda. A previsão é de Fábio Giambiagi, coordenador do Grupo de Acompanhamento Conjuntural do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do Ministério do Planejamento.
O economista lembra que dissídios coletivos de categorias como as dos petroleiros e bancários elevarão a média da massa salarial do trabalhador. "A nossa leitura dos fatos é que, a partir do final do terceiro trimestre, nós vamos ter uma safra de dissídios coletivos em que os trabalhadores provavelmente irão ganhar aumentos salariais entre 7% e 10% – em termos nominais, isto é, sem levar em conta a variação da inflação", afirmou.
Com esse aumento, na avaliação de Giambiagi, os trabalhadores chegarão ao final do ano com mais renda nominal: "Como a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), deverá ficar em torno de 4%, haverá um aumento importante do rendimento médio – que vai se somar ao dinamismo da continuação da criação de empregos. Isto permitirá uma recuperação da massa salarial, que vai impactar diretamente no consumo, já a partir deste Natal".