Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A propaganda para o referendo sobre comercialização de armas de fogo e munição, previsto para o dia 23 de outubro, "está indo bem e tudo transcorre na tranqüilidade". A avaliação foi feita hoje (6) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Velloso. "Cada uma das frentes parlamentares está cumprindo as suas metas e as instruções do TSE estão sendo seguidas dentro do que foi recomendado", disse.
O ministro participou de um dos painéis do seminário internacional Propostas para um Novo Modelo de Persecução Criminal – Combate à Impunidade, promovido pelo Conselho Federal de Justiça, que terminou hoje. Velloso lembrou que o começo da campanha institucional promovida pelo TSE está previsto para a próxima quinta-feira (8) e o horário eleitoral gratuito tem início no dia 1º de outubro. "A partir daí, as frentes vão expor os seus pontos de vista", comentou.
Para o ministro, não existe um grande desafio na realização desse pleito. "Vai ser um pleito tranqüilo, sem maiores problemas, porque não há candidatos. Há uma questão, uma causa". Ele disse que a sociedade vai ouvir as duas frentes e o TSE, com sua campanha institucional, "vai conclamar a população brasileira a votar de um modo ou de outro".
Sobre a possível pressão da indústria de armas na sociedade, em função do uso do poder econômico, Velloso disse que não tem observado "nenhuma atitude ilegal de qualquer das frentes".
Com relação ao desfecho da atual crise política vivida pelo país, o ministro afirmou que não há como prever, "apenas aguardar as conclusões das CPIs". Para ele, muitas das questões vão parar no Supremo Tribunal Federal, que "é preocupante". "O Supremo já está abarrotado de causas e processos e vai receber mais essas ações", explicou.