Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As denúncias surgidas nas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) do Congresso levarão anos tramitando na Justiça. Para coordenador-geral da Justiça Federal e diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), ministro José Arnaldo da Fonseca, no caso das CPIs, o Ministério Público e a Polícia Federal investigam as provas e "jogam no Judiciário, que paga o pato". Segundo ele, "tudo isso que temos aí não será julgado nem daqui seis, sete ou oito anos".

Fonseca, que participa do seminário internacional Propostas para um Novo Modelo Persecução Criminal – Combate à Impunidade, disse que o Judiciário tem uma carga enorme de trabalho e não pode ficar reduzido a determinadas investigações.

O seminário, entre outros debates, discute como criar a cultura do trabalho integrado entre o Ministério Público, Justiça e a Polícia Federal, na condução de diversos tipos de crimes, como aqueles contra a pessoa humana e os chamados crimes de colarinho branco.