Volume de empréstimos bancários aumenta 18,8% em um ano

23/08/2005 - 14h56

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O total das operações de crédito do sistema financeiro subiu para R$ 533,4 bilhões no mês de julho, o que equivale a 28,2% do Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todas as riquezas produzidas no país. Junho teve uma relação de 27,8% e julho do ano passado, 25,3%.

O volume de empréstimos mostra aumentos de 1,5% em relação ao mês anterior e de 18,8% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com o relatório de julho sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado hoje (23) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Do total, R$ 311,5 bilhões se referem a recursos livres, dos quais R$ 139,4 bilhões são de empréstimos a pessoas físicas e R$ 172,1 bilhões em créditos empresariais. Em que pese o maior volume de recursos para empresas, deve-se observar que nos últimos meses a evolução de créditos tem crescido mais nos empréstimos pessoais.

Enquanto o volume de operações de crédito para empresas cresceu 1,2% no mês, o aumento dos empréstimos em crédito pessoal chegou a 3,4% e os financiamentos para aquisição de veículos cresceram 2,4%. A maior contribuição para essa evolução se refere ao crédito consignado em folha de pagamento, que cresceu 4,8% no mês, contribuindo para a expansão de 109,7% nos últimos 12 meses.

Dos R$ 533,4 bilhões movimentados em créditos, R$ 513,4 bilhões foram destinados ao setor privado. Os créditos para a indústria alcançaram R$ 131,8 bilhões, com evolução de 1,7%; o setor de serviços ficou com R$ 85,7 bilhões, com acréscimo de 2,5%; o comércio financiou R$ 58,8 bilhões, com aumento de 0,7%; o setor rural pegou R$ 56,1 bilhões, e cresceu mais 1,6%, enquanto os financiamentos habitacionais aumentaram 1% com saldo de R$ 27,2 bilhões.

De acordo com uma pesquisa do Instituto de Estudo para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), enquanto a reserva para o crédito no Brasil ainda é menor do que 30% do PIB, em outros países, principalmente na Europa, essa relação supera os 100%.