Linhas de energia Londrina-Assis e Tucuruí-Brasília são destaques das novas obras, aponta Ministério

23/08/2005 - 11h14

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O novo modelo do setor elétrico deve acabar com alguns gargalos na transmissão, defende Ronaldo Schuck, secretário de Energia Elétrica do Ministério das Minas e Energia. Nesse novo sistema, o Ministério de Minas e Energia mapeia as áreas que necessitam de novas linhas de transmissão e faz um leilão para escolher qual empresa realizará a obra.

Schuck destaca a construção da linha Londrina- Assis-Araraquara. Prevista para começar a funcionar em outubro, ela deve melhorar a troca de energia elétrica entre as regiões Sul e Sudeste – por meio das cidades Londrina, no noroeste paranaense e Assis, no sudoeste paulista.

"É uma linha que passa a ter uma função quase de usina. Como os períodos de chuva são diferentes, ela escoa o excedente de uma região quando a outra tem carência e vice-versa, melhorando muito o fluxo das regiões Sul e Sudeste", informa ele.

Outra obra considerada fundamental para importante para o funcionamento de todo o sistema de energia elétrica do país é a linha de transmissão Brasília/Tucuruí, que será leiloada em novembro. "É uma linha de caráter sistêmico muito importante, pois escoará a ampliação da Usina de Tucuruí", afirma.

Segundo dados do Ministério, em 2006 serão inaugurados 3.113 km de linhas de transmissão. Em 2007, mais 2.995 km (2.261 já licitados e 734 km que serão leiloados em novembro), e, em 2008, outros 2.687 km irão melhorar o fluxo de energia entre as regiões, ajustando oferta e demanda. Hoje, o país tem 81 mil km de linhas de transmissão da chamada rede básica, que interliga diversos consumidores.

Também está prevista a ampliação da capacidade de geração de energia elétrica, visando o consumo a partir de 2010. "Até 2009, a situação de abastecimento é tranqüila. A Capacidade de geração do país é de 90 mil megawatts, e o consumo médio é de 50 megawatts", explica o secretário de Energia Elétrica. Com vistas ao consumo no médio prazo, em dezembro deste ano haverá leilão para a implementação de 17 novas hidrelétricas.

As empresas e consórcios interessados estão em fase de licenciamento ambiental – outra novidade do novo modelo do setor elétrico: os empreendimentos só são levados a leilão com o licenciamento ambiental aprovado, para evitar atraso de obras e garantir segurança no abastecimento.