CPI dos Bingos ouve Marcelo Sereno e procurador do Tribunal de Contas da União

23/08/2005 - 11h13

Ivan Richard
Da Agência Brasil

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos vai ouvir hoje (23), a partir das 11h30, o depoimento de Marcelo Sereno. Ele foi tesoureiro da campanha de Benedita da Silva ao governo do Rio de Janeiro, foi secretário nacional de Comunicação do PT e também assessor especial da Casa Civil da Presidência da República.

Sereno depõe na comissão protegido por habeas corpus preventivo expedido ontem (22) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com a decisão do ministro Eros Grau, o ex-secretário de Comunicação do PT ganha o direito de não responder às perguntas que possam incriminá-lo. A liminar garante a ele o direito de não ser preso e de não assinar termo de compromisso de dizer a verdade.

A CPI dos Bingos ouve também o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado.

Para amanhã, quarta-feira (24), estavam agendados os depoimentos dos ex-presidentes da Caixa Econômica Federal (CEF) Danilo de Castro, Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai; além do atual presidente do banco, Jorge Mattoso. Porém, segundo a assessoria de imprensa da CPI, "em função de suas declarações, em Ribeirão Preto, ao Ministério Público do Estado de São Paulo", o advogado Rogério Buratti, foi convocado para prestar novos esclarecimentos à comissão.

O ex-diretor Marcelo Rovai e o ex-presidente da Gtech Antônio Carlos Lino da Rocha acusaram Buratti de ser indicado pelo ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, para influenciar a renovação do contrato da Gtech com a Caixa Econômica Federal. Em seu primeiro depoimento na comissão, Buratti afirmou que está sendo usado como "bode expiatório" pela multinacional Gtech.

No último dia 19, Buratti acusou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de receber propina quando esteve à frente da Prefeitura de Ribeirão Preto. O advogado disse que Palocci recebia uma mesada de R$ 50 mil da empresa Leão&leão, prestadora de serviço de coleta de lixo da cidade. O ministro nega as acusações.